As voltas que um ex dá
Namorei por três meses um cara (ok, vocês até podem dizer que três meses não é considerado namoro, mas para mim foi)
Nos conhecemos de forma completamente atípica: chamando o mesmo táxi na cidade de São Paulo. Coisinha de novela. Ele disse para eu entrar eu falei não, pode ir primeiro, depois ficamos nesta até que perguntei: para onde você vai? E por coincidência ele ia para o mesmo lado que eu.
Dividimos o mesmo táxi, a mesma cama, os mesmos bares, as mesmas danças e as mesmas biritas por três meses!!!! A relação era bem legal! Pensávamos da mesma forma, ríamos muito, tínhamos muuuuuuuuuuuito a ver, mas por algum motivo obscuro da vida dele a coisa foi indo para o fim...
Aí a relação se torna uns e-mails encaminhados de assuntos como piadas e você manda junto um - achei a sua cara ou acho que você vai se interessar, só para ver se ele vai responder com um "oi, tudo bem? saudades"
Como normalmente estes e-mails davam certo, uma piada se tornava praticamente 5 dias de longos e-mails.
Variávamos do e-mail para torpedo no celular e uma vez até chegou a ter uma visita na minha casa meio bêbado, berrando na porta para quem quisesse ouvir que ele estava muito triste, que gostava muito de mim e que queria ficar comigo e mais algumas coisas que os homens nos falam apenas quando estão bêbados...(não podiam falar sóbrios não?)
Num destes torpedos o texto foi mais ou menos assim:
" Oi, tudo bem? Passa em casa hoje?"
Fiz aquela linha básica de nós mulheres que temos orgulho:
Tenho aula hoje de mandarim não posso perder, caso eu saia cedo de lá eu te ligo! (é óbvio que eu podia ter o que fosse, eu iria até lá, mas temos que fazer um tipo)
"- Ah, ta, tudo bem então"
Desisti da aula, fui beber para dar uma relaxada, fiquei mais alegre e contente, os problemas eu já tinha eliminado, passei em casa para colocar a minha lingerie "sexy" e mandei um torpedo para ele: apareça na porta em 5 minutos!
Chegando lá ao invés de ser recepcionada com um maravilhoso sorriso e um beijão ele entra no carro e começa a falar sobre a nossa relação.
" Sabe Déo, eu quero te pedir desculpas por tudo o que eu fiz, por não ter contado naquele dia que eu ia no jogo de futebol com a galera que eu sempre saia antes de te conhecer, queria que você soubesse que eu sei que pisei na bola, mas acho que você não entenderia nunca o meu ponto de vista..."
E eu, embora adore falar, quase não conseguia, só saia uns...aham, é verdade, posso falar?
E ele continuava a hemorragia verbal e eu meio tonta da bebida pensando o que eu to fazendo aqui já que o que eu pensei que fosse acontecer não acontece?
Falei que ia embora. A cena era patética: ele saia do carro, eu dava partida no carro e uma volta no quarteirão.
Ele mandava um torpedo pedindo para eu voltar, eu voltava ele entrava no carro e continuava a conversa de pedido de desculpas.
Isto aconteceu por cinco vezes, até que na última vez eu olhei bem séria para ele, tapei sua boca com a minha mão e falei:
- Olha só, eu já me cansei de ficar como barata tonta indo e voltando aqui na porta da sua casa, me responda apenas uma pergunta: o que você quer comigo????????
Ele com a cara mais deslavada deste muito me responde:
- "Ah quero que você passe a noite comigo hoje!"
- E precisava falar tanto?!?!?!?!?
Nem preciso falar o fim desta noite né?
Comentários
Espero pelo menos que o fim da noite tenha compensado o falatório todo!
Bjs!
Bjo da Déo!
Pelo menos nós só estamos fazendo jus à fama!
Mandou muito bem, Deo!
Escreva mais e mais e mais!
Dani
:)
Bjinho
Acho que podemos fazer uma dupla Déo e a anônima! rs
Apareça mais vezes
Bj da Déo
Mais uma escrevinhada linda! Me amarro, me transporto e me identifico com as minhas fudelanças e merdelanças da minha vida! ahahahahahaha Parabénssssssssss!!!
Beijão,
Undívago...