" ...mora no morro e eu na zona sul..."
Meu nome é Fabiane,
tenho 31 anos, moro no Rio de Janeiro, sou solteira e "tamo aí na atividade..."
Em junho deste ano fui com a minha irmã para o Olimpo (balada carioca), coloquei um vestidinho verde lindo, porém basiquinho e sapatinhos baixos.
Em junho deste ano fui com a minha irmã para o Olimpo (balada carioca), coloquei um vestidinho verde lindo, porém basiquinho e sapatinhos baixos.
Onde
estávamos tinha um rapaz, Luciano - 28 anos, moreno, lindo e alto ( sempre medi
a beleza do homem pela altura, pois não sou baixa e gosto de homens altos e com
braços fortes).
Achei melhor não olhá-lo para não parecer que eu estava dando mole porque neste dia eu tava murcha.
Achei melhor não olhá-lo para não parecer que eu estava dando mole porque neste dia eu tava murcha.
Para a
minha surpresa ele veio falar comigo e eu me arrepiei toda na mesma hora, sabe
quando você pensa " é pra esse que eu quero fazer um lelele? " sem
contar que ele chegou de boa, coisa que normalmente os meninos que frequentam o
Olimpo não fazem, já são de chegar agarrando e eu detesto isto.
“ - Posso te fazer uma pergunta?” disse o Luciano
Até duas... Perguntar não ofende, agora se vou responder não sei...
“Vc está sozinha?”
Não, estou com elas (apontando para minha irmã e a amiga)
“Não, você tá esperando alguém, porque nós compramos 3 baldes de cerveja e queria convidar vocês pra beberem com a gente, mas como estou vendo que está olhando sempre para trás, imaginei que pudesse estar esperando alguém”
Estou esperando o garçom que até agora não trouxe meu balde.
E assim começou a rolar o papo. Bebemos, dançamos juntos e ficamos é claro, trocamos telefone e ele ficou de ligar. Não sou dessas que espera que os homens que conhecemos na night liguem, mas ele eu iria gostar. E não é que no outro dia mesmo ele ligou, mas recusei o convite, lembrei que eu tinha que buscar meu filho na casa da tia. Me chamou no domingo também mas não aceitei (quando se tem um filho de 6 anos não é todo dia que dá pra sair e arrumar alguém que fique com ele, a gente faz essas graças uma vez por semana e olhe lá).
Enfim chegou o dia de sairmos, estava um frio, uma chuva, é claro que eu queria vê-lo mas se fosse outro dia seria melhor, mas eu não podia desmarcar pois ele me ligou todos os dias e eu nunca podia, então fui assim mesmo. Como é de praxe acabei deixando ele esperando além da conta. Quando eu cheguei, ele estava na porta do shopping me esperando com medo de entrar no shopping e o celular não pegar.
Conversamos um pouco e ele acabou me chamando pra ir pra casa dele, perguntei se era uma pergunta ou um convite, como ele disse que era um convite não pensei duas vezes. Eu achei que teríamos diferenças culturais e financeiras, tudo bem que eu não sou rica, mas moro com meu filho, pago minhas contas, escola particular, estou sempre levando meu filho no shopping, cinema, viajamos nas férias e vivemos relativamente bem. Um cara abaixo das minhas condições provavelmente não vai poder me ajudar a dividir contas, os interesses podem não ser os mesmos, podemos inclusive ter brigas por conta disto.
“ - Posso te fazer uma pergunta?” disse o Luciano
Até duas... Perguntar não ofende, agora se vou responder não sei...
“Vc está sozinha?”
Não, estou com elas (apontando para minha irmã e a amiga)
“Não, você tá esperando alguém, porque nós compramos 3 baldes de cerveja e queria convidar vocês pra beberem com a gente, mas como estou vendo que está olhando sempre para trás, imaginei que pudesse estar esperando alguém”
Estou esperando o garçom que até agora não trouxe meu balde.
E assim começou a rolar o papo. Bebemos, dançamos juntos e ficamos é claro, trocamos telefone e ele ficou de ligar. Não sou dessas que espera que os homens que conhecemos na night liguem, mas ele eu iria gostar. E não é que no outro dia mesmo ele ligou, mas recusei o convite, lembrei que eu tinha que buscar meu filho na casa da tia. Me chamou no domingo também mas não aceitei (quando se tem um filho de 6 anos não é todo dia que dá pra sair e arrumar alguém que fique com ele, a gente faz essas graças uma vez por semana e olhe lá).
Enfim chegou o dia de sairmos, estava um frio, uma chuva, é claro que eu queria vê-lo mas se fosse outro dia seria melhor, mas eu não podia desmarcar pois ele me ligou todos os dias e eu nunca podia, então fui assim mesmo. Como é de praxe acabei deixando ele esperando além da conta. Quando eu cheguei, ele estava na porta do shopping me esperando com medo de entrar no shopping e o celular não pegar.
Conversamos um pouco e ele acabou me chamando pra ir pra casa dele, perguntei se era uma pergunta ou um convite, como ele disse que era um convite não pensei duas vezes. Eu achei que teríamos diferenças culturais e financeiras, tudo bem que eu não sou rica, mas moro com meu filho, pago minhas contas, escola particular, estou sempre levando meu filho no shopping, cinema, viajamos nas férias e vivemos relativamente bem. Um cara abaixo das minhas condições provavelmente não vai poder me ajudar a dividir contas, os interesses podem não ser os mesmos, podemos inclusive ter brigas por conta disto.
Enquanto eu
falava que queria levar meu filho para o Chile ele comentava que o único lugar
que já viajou fora do estado foi para Aparecida do Norte, eu falando de teatro
e ele dizendo que nunca tinha ido...
De qualquer forma fomos para a casa dele de van porque ele não tem carro e nem eu, partimos rumo a Mangueira. Eu, que nunca entrei numa comunidade, só de passagem, estava indo até a Mangueira.
De qualquer forma fomos para a casa dele de van porque ele não tem carro e nem eu, partimos rumo a Mangueira. Eu, que nunca entrei numa comunidade, só de passagem, estava indo até a Mangueira.

Passou uma semana até eu dar o braço a torcer e mandar uma mensagem pra ele, disse que eu era tão boba que só eu que achei que fosse ter segunda vez, vi que a mensagem dava erro de envio e resolvi ligar: número inexistente. Coração aceleradíssimo.
Como ele havia ligado e dito que também queria me ver de novo dias antes, eu conclui que aconteceu alguma coisa no telefone dele e ele só tinha meu número gravado no rádio. Déo, passei uma semana amadurecendo a ideia de ir na Mangueira procurá-lo.
E fui: no domingo
com a cara e a coragem, ou melhor cheia de medo, mas fui. Eu só sabia o nome
dele e do amigo que estava com ele no Olimpo. Na minha inocência de que em
comunidade todo mundo se conhece, fui perguntar em alguns barzinhos, entrei
pelo caminho que passei com ele, gelei quando vi os policiais da UPP descendo e
fazendo ronda com aqueles fuzis, me tremi toda só de pensar que justo
naquele dia os traficantes resolvessem voltar para tomar o morro e eu lá no fogo
cruzado, como ia ser, ninguém sabia onde eu estava. Sei que até a metade do caminho fui direitinho, depois não sabia mais
se ia para a esquerda ou para direita e acabei me perdendo por aqueles bequinhos.
Eu ia
perguntando e ninguém o conhecia, algumas pessoas me falaram que se eu soubesse
algum apelido talvez fosse mais fácil. Foi anoitecendo, e achei melhor ir
embora e aceitar a ideia que eu não iria mais achá-lo. Fui lá foi com o
propósito de ouvir dele que eu me enganei que não era nada disso, ou na melhor
das hipóteses ficarmos juntos de novo, mas nem uma coisa nem outra aconteceu.
No caminho para o ponto da van passei em frente um bar onde estava tendo um samba super animado como eu estava morrendo de vontade de ir ao banheiro resolvi entrar. Enquanto fui ao banheiro para lavar meu rosto a adrenalina foi baixando e foi me dando uma vontade de chorar e pensar o que eu tava fazendo naquele lugar sozinha.
No caminho para o ponto da van passei em frente um bar onde estava tendo um samba super animado como eu estava morrendo de vontade de ir ao banheiro resolvi entrar. Enquanto fui ao banheiro para lavar meu rosto a adrenalina foi baixando e foi me dando uma vontade de chorar e pensar o que eu tava fazendo naquele lugar sozinha.
Resolvi
pedir uma mesa dentro do bar e pedi uma cerveja pra me recompor antes de ir
embora, acabei bebendo duas!! Aí no intervalo os meninos do grupo vieram falar
comigo, contei minha história e eles falaram que iriam me ajudar. Me
apresentaram um cara da mangueira que mora há mais de 50 anos e a mais de 30
faz parte da agremiação e ele me apresentou outro menino do grupo que disse que
conhecia o Pipa, que vem a ser o amigo do Luciano. Aí recomeçou o samba eles
pediram para eu ficar que a gente continuava conversando no próximo intervalo.
Sei que no
final das contas bebi mais de 5 cervejas, deixei um bilhete para o menino
entregar para o Luciano com meu nome e telefone e acabei indo embora com o rapaz
do grupo e acabamos ficando, seu nome Paulo.
Sabe como é
né, sozinha, carente, triste e frustrada numa comunidade, só podia dar nisto.
Apesar de não ter esquecido
o Luciano decidi deletar essa história, apaguei as mensagens do celular e
aceitei a ideia que não o veria mais e porque não investir em uma pessoa que
tava me dando moral? O Paulo me ligou todos dias, me mandou mensagens no
celular, no facebook. Marcamos de sair no domingo seguinte, mas desisti.
No domingo dia quem me liga? O Luciano.
![]() |
Imagem extraída do blog Bela Ju |
Eu reconheci a voz dele e me
arrepiei toda e percebi que eu ainda queria vê-lo de novo. Ele falou que ficou
sem telefone, sabia que eu fui lá. Ele falou que pior foi ele que não tinha nem
por onde me procurar e marcamos de sair no dia seguinte...fui pra casa dele,
mais uma vez fui pra Mangueira, ele fez janta para nós dois e uma delícia
diga-se de passagem passei uma das noites mais maravilhosas. Valeu a pena sim eu ter ido na favela, ou
melhor na comunidade atrás dele, depois comprovei que ele é isso tudo mesmo,
ele é lindo, maravilhoso, gostoso, também queria me ver de novo, ele é um rapaz
simples mas trabalhador, e sabe como encantar uma mulher é um verdadeiro
príncipe.
Não sei no que vai dar daqui pra frente, ficamos de nos ver de novo, ele deixou
meu telefone anotado em uma agenda também dessa vez pra não correr o risco de
me perder de novo.
Não vou dar o braço a torcer e falar pra ele que eu to de quatro, gamadinha,
pra não espantar, mas enquanto ele tiver querendo eu também quero.
Fabi, você realmente é das minhas, não manda recado não, vai diretamente para a origem e fala na cara...sem deixar dúvidas. Quero saber o que deu no final, me conta tudooooo..
Eu acho que a gente tem que ir atrás do que quer sim. Igual a esta história aqui
Não me arrependo nadica de nada de ter procurado...mas o final pelo visto foi diferente do seu!
Bjs da Déo
Não me arrependo nadica de nada de ter procurado...mas o final pelo visto foi diferente do seu!
Bjs da Déo
Comentários
Tenho a sensação de já ter vivido essa história... kkk'
Sinceramente eu achei um tanto cômico a parte que você falou que estava chegando lá e os policiais da UPP descendo o morro e você se imaginando em meio ao fogo cruzado kkk, na hora você deve ter ficado morrendo de medo. Mas pelo menos vai lhe render boas gargalhadas no futuro.
A diferença é que a "comunidade" no filme era a Favela do Cantagalo.
E o Olimpo fica beeeem longe da zona Sul do Rio, na Vila da Penha... Bem estranho uma garota da ZS do RJ estar por aquelas bandas...
Coincidência demais, não?
Sinceramente, acho que antes de divulgar uma história, a dona do Blog poderia dar uma pesquisada melhor ou mais detalhes com suas leitoras.
Pois, mesmo o blog sendo maneiro, tem muita história sem pé nem cabeça. E mal escrita pelos leitores que as enviam.
As melhores histórias até agora são as que a dona do Blog escreve.
Obrigada leitores fiéis é isto que me motiva!!
Bjs da Déo